Na reta final

A finalização da obra do primeiro circo de concreto do Brasil vai ser iniciada ainda este mês graças aos recursos do Itau/COMAD. Foram doados 80.000,00 para a instalação do telhado, cercado e pintura. 

O projeto Circo Escola de Ecocidadania, realiza formação de monitores (educadores sociais – adolescentes protagonistas), oficinas de acrobacias aéreas, de acrobacia de solo, equilibrismo, teatro, música, artes plásticas para crianças e adolescentes tendo como grande desafio a inclusão social através da arte cidadã.
Estamos propondo uma ação complementar no campo da educação. As técnicas circenses têm se mostrado, em diversas experiências espalhadas pelo país, eficazes no que tange a evasão escolar e na valorização de valores humanos que permeiam a formação dos jovens e adolescentes, pois esta ação é educativa e artística, na qual os jovens assumem o lugar de protagonistas da produção do conhecimento empírico, o que acarreta o desenvolvimento artístico e social. Este crescimento influencia diretamente na ação destes jovens junto a sociedade onde estão inseridos, podendo, contudo auxiliar com sugestões para resolução de problemas locais. E é no circo, na barriga da lona que 120 crianças e adolescentes estão encontrando uma chance de inclusão social, de elevação da auto-estima e de possibilidade de construção de cidadania.
A Trupe Cariri acumula experiência de animações de eventos e de       apresentação de aulas espetáculos, além de participação em festivais e hoje representa uma das maneiras de geração de renda para os próprios participantes.


Para a consolidação do Núcleo de pedagogia do Circo Escola de Ecocidadania e para estruturação da Trupe Cariri precisamos de espaço adequado.

Por estar localizado às margens do Riacho das Timbaúbas, resolvemos desenvolver uma experiência de planejamento de construção baseada na permacultura – construção ecológica.

O ambiente que vem sendo construido, para nós uma segunda pele – onde imprimiremos nossa identidade e nossas referencias a este espaço – onde estaremos produzindo e reproduzindo nossa filosofia de trabalho, habitável para crianças, adolescentes e adultos jovens como as suas respectivas famílias.


Um espaço só se torna ele mesmo quando o ser humano o habita, o vivencia, moldando-o com seus costumes, seus desejos, suas angústias e seus sonhos – é assim que estamos planejando cotidianamente a sede do Circo Escola de Ecocidadania – uma construção coletiva capaz de proporcionar a centenas de crianças e adolescentes um lugar para brincadeira, para o encontro com pessoas iguais ou diferentes, mas que tem em comum uma dura realidade – por suas condições sócio econômicas se vêem sem espaço nas suas casas para o lazer, para viver com dignidade. Este espaço pretende ser a grande referência de lugar construído para que no futuro eles e elas possam lutar por condições dignas de moradia, que é um direito fundamental do ser humano.

Este espaço permitirá o desenvolvimento de atividades criativas, educacionais e produtivas, ambientalizando condições para o pleno desenvolvimento e a proteção da integridade física, moral e psíquica para nosso público alvo – crianças e adolescentes das camadas populares.

Por sermos um Circo Escola, nossa edificação principal tem o formato redondo e está sendo construído baseado nos princípios do desenvolvimento sustentado, demonstrando para nosso público alvo e comunidade que representa hoje um universo de cerca de 1.600 famílias, residindo no bairro Leandro Bezerra, localizado em área periférica de Juazeiro do Norte-CE, que é possível construir um ambiente agradável, iluminado e arejado com beleza, qualidade e pouco recurso, respeitando as características naturais do terreno e aproveitando os ensinamentos das formas tradicionais de construção.

O primeiro módulo foi edificado e custou R$:108.000,00 (cento e oito mil reais), sendo R$:1000.00,00(cem mil reais) com recursos da Petrobrás/FIA e RS:8.000,00(oito mil reais), doado pela Dreams Can Be Foundation.

O terceiro módulo teve o apoio do Itau/FIES e conseguimos construir uma sala de formação para educadores em formato também redondo. O quarto módulo- centro de pesquisa de documentação foi construído no valor de 35.000,00 apoiado pelo HSBC soilidariedade. E o quinto módulo que representa este plano de trabalho trata da finalização da obra no valor de 80.000,00 patrocinado pelo Itau/FUNCAD;
Esta ação vai permitir  que reiniciemos nossas atividades que se encontram paralisadas em função da ausência de telhado e de segurança que haja uma evolução da qualidade da realização das oficinas circenses e das aulas espetáculos; que seja ampliada no número de vagas   respondendo a demanda de crianças e adolescentes que procuram novas inscrições no projeto e haverá uma evolução por parte da família do nível de compreensão sobre a proposta sócio pedagógica do projeto. O projeto abrirá as portas para as entidades comunitárias e públicas   que procuram constantemente o espaço para realização de eventos, para assistir espetáculos, aulas espetáculos e cinema no Cine Clube Juriti.













Nosso destino e o assentamento MUCUIM, hoje uma população com cerca de 1200 habitantes que sobrevive da agricultura, da pesca e da apicultura que conquistou terra para trabalhar e um lugar digno para morar enraizados no Sertão dos Inhamuns, distante sete quilômetros da cidade de Arneiroz, estado do Ceara.

A juventude arrumou o que fazer, alem de estudar nas escolas publicas locais: começou a descobrir e a fazer arte, uma arte muito parecida com a dura realidade em que vivem, sem acesso a internet, a profissionais qualificados e a valorização da arte. Mas mesmo assim eles continuaram construindo seus saberes artísticos misturando toda a sabedoria vinda dos mais velhos da comunidade com o novo que chegava através dos programas federais de incentivo a cultura e a permanência das pessoas no campo.

O Circo Terra Viva formada por jovens artistas e que se transformaram em educadores sociais, pois aos poucos as crianças da comunidade se aproximaram da trupe pedindo para aprender circo, assim começa no picadeiro do sertão esta experiência que une teatro, circo, musica na perspectiva da pedagogia do circo social.

As crianças se encantam com a magia do circo, sonhando nas alturas com voos nos trapézios, nos movimentos e formas nos tecidos, giros no ar com as acrobacias de solo, jogos com bolinhas ou claves de malabares ou caminhando em pernas-de –pau, porque marchar sempre foi diferente de andar e de marcha esse povo acumula uma larga experiência.

Todos sonham em se apresentar, em viajar, em mostrar a estética dos assentados por este mundo afora com o mais recente espetáculo “Terra Viva” que teve sua pré estreia no picadeiro do Circo Escola de Ecocidadania em Juazeiro do Norte.  Estreiou no picadeiro do  Espaço Cultural do Grupo Muc’Arte em Mucuim e circulou ainda por outros assentamentos do Programa Arte e Reforma Agrária, como também em  Fortaleza e  Brasília.

Enfrentando hoje grandes desafios a experiência necessita de recursos financeiros para pagamento dos jovens monitores, que sendo cobrados pela família e também precisando assegurar suas sobrevivências, abandonam o projeto para trabalhar em outras atividades remuneradas. As crianças se queixam da falta de professores, de merenda, da falta de manutenção dos aparelhos circenses e sugerem a aquisição de mais aparelhos circenses como a contratação dos atuais Monitores.

Os Monitores, todos tem ensino médio completo, por sua vez desabafam a tristeza em ter que deixar o projeto para procurar a sobrevivência e reclamam a falta de apoio da comunidade local bem como a ausência de política publica para a implantação Núcleos de Universidades em assentamentos, para que não precisem sair das suas terras e de junto das suas famílias para continuarem estudando. Eles acreditam que podem criar alternativas de sustentabilidade, mas para isto precisam aprender a elaborar projetos, apontando a necessidade de um curso de elaboração de projetos com carga horária avançada onde cada um no final saia com um projeto que possa estar participando de editais.

Esses jovens que estão quebrando paradigmas através da arte, no local que no passado era uma casa grande de engenho, símbolo da opressão do período colonial, onde o seu dono proibia qualquer tipo de manifestação artística ou festa popular. Hoje eles administram a casa e donos dos seus destinos procuram alternativas para permanecer aprendendo e ensinando as artes circenses que possibilita o despertar para o exercício da cidadania.

Documentario Terra Viva, vencendor de chamada publica da TV Futura atraves do Programa sala de Noticias, elaborado por jovens do Laboratorio de Imagem e Som do Instituto de Ecocidadania Juriti

O programa abordará O Grupo Muc’Arte, localizado no Assentamento Mucuim nas proximidades da cidade de Arneiroz estado do Ceará. O grupo existe oito anos, trabalhando o Teatro Popular como forma de mobilização social na comunidade em que atuam. Os jovens e crianças do grupo desenvolvem trabalhos culturais e comunitários no assentamento, fortalecendo as suas identidades enquanto jovens do meio rural. 

Encantados pelas artes circenses em 2007, através do Projeto Arte e Cultura na Reforma Agrária – INCRA-CE e com o apoio da Secretaria de Desenvolvimento Territorial (SDT/ MDA), e assessoria do Projeto Circo Escola de Ecocidadania, da ONG Juriti, o Grupo Muc’Arte iniciou atividades de formação em artes circenses, envolvendo não só os integrantes do grupo, mas 80 jovens e crianças que desenvolveram rapidamente aptidão para as modalidades do circo. O assentamento hoje conta com uma estrutura básica para o funcionamento das atividades de circo e com um grupo de jovens com o perfil de educadores sociais.

No decorrer do programa vamos mostrar as atividades do grupo com foco nas motivações e perspectivas positivas de permanência da juventude no Assentamento Mucuim. Vamos apresentar o resultado da experiência que revela talentos artísticos do Assentamento Mucuim. Daremos destaque a importância da valorização da cultura produzida em assentamentos e comunidades, oportunizando o acesso a bens culturais dando visibilidade a uma estética própria que possibilita a criação de uma dinâmica do fazer artístico no campo baseada nas manifestações culturais, envolvendo educação, tradição e contemporaneidade.









DIA 5 DE JUNHO
DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE



Duas jovens que tiveram formação em ecocidadania no Instituto de Ecocidadania Juriti foram protagonistas do Mobiliza GERAL 2012 do HIPER BOMPREÇO (GRUPO WALMART). Maria de Lourdes e Sheilane Silva, hoje funcionárias do referido grupo empresarial participaram do evento em escola pública do Juazeiro do Norte apresentando esquetes com a temática ambiental e palestra abordando a necessidade de cuidarmos do nosso planeta. Mudas de plantas foram distribuídas para a meninada no sentido de sensibilizar as crianças sobre o respeito e o amor que devemos nutrir pelo nosso meio ambiente. Assim vamos colhendo frutos e plantando novas sementes....



Coordenadora da ONG Juriti Cristina Diôgo dialoga com estudantes da Faculdade Leão Sampaio na IV Mostra de Psicologia versando sobre o tema: A dialética inclusão/exclusão dentro das práticas psicológicas.
Recomendação de leitura:



Jovens do Labortório de Imagem e Som saem a luta em busca da autosustentabilidade 

Diante dos grandes desafios apresentados para que o Insituto de Ecocidadania Juriti não feche suas portas e deixe de atender centenas de crianças e adolescentes que fazem parte dos diversos projetos da entidade, um grupo de jovens resolveram criar um plano de negócio e oferecer serviços a comunidade com preços populares. 

A ordem do dia é oferecer serviços de alta qualidade e menor preço do mercado. Os recursos serão divididos entre os participantes e um percentual será destinado para o Instituto que com essa iniciativa busca caminhos para andar com suas próprias pernas. O Ministério da Cultura, através do Programa Cultura Viva - Pontão de Cultura proporcionou a aquisição de equipamentos de tecnologia de ponta, mas se faz necessário a construção de um programa de formação permanente para os jovens incluídos na experiência intitulado ELA - Escola Livre de Audiovisual. 
 
  



Na terça feira, 29 de maio, jovens do Instituto de Ecocidadania Juriti dialogaram com duas estudantes do Curso de Jornalismo da Universidade Federal do Ceará sobre o atual momento da entidade: a busca da auto sustentabilidade através de serviços oferecidos a comunidade dentro de um plano de nogócio de economia criativa. A cadeia produtiva do Circo Escola de Ecocidadania e do Laboratório de Imagem e Som, que possibilitará que a instituição enfrente com criatividade a onda de demonização das ONG' no Brasil. Esta roda de diálogo vai se transformar em documentário que será veiculado na Rádio Padre Cícero.

Encontro de Paulinho Serra com dirigentes do Instituto de Ecocidadania Juriti

 Representantes do Instituto de Ecocidania Juriti apresentam seus projetos de arte cidadã ao Humorista Paulo José Serra do Carmo, mais conhecido como Paulinho Serra (Rio de Janeiro, 9 de novembro de 1977).
Paulinho trabalhou na Rádio Jovem Pan, no Programa Pânico, e na RedeTV!, no programa Pânico na TV. Atualmente, integra programas de humor da MTV Brasil. O ator é um talento recente do teatro e da televisão brasileira. Ele foi um dos pioneiros do stand-up comedy no país dirigindo o grupo os Deznecessários.
Na ocasião Paulinho falou da sua trajetória artística, dos seus desafios para sobreviver da sua arte e de uma experiência que marcou produndamente sua vida: "Eu me curei de uma grande depressão voluntariando em projetos sociais". Ela deixa um recado aos artistas caririenses no sentido de se engajarem nos projetos sociais de ongs que tanto precisam da arte como um instrumento de transformação social.
A produtora cultura Monica Vitoriano foi a responsável por este encontro que possibilitará a abertura de um diálogo permanente com o humorista que pretende voltar a região o mais breve possível para mais apresentações e para uma visita aos jovens do Circo Escola de Ecocidadania.
Cristina Diôgo Coordenadora do Instituto de Ecocidadania Juriti ao lado do Humorista e artista cidaão  Paulinho Serra e Mônica Vitoriano da MC Produções
Maria Luiza Moura coordenadora do Conselhinho Gestor do Instituto de Ecocidadania Juriti pousando ao lado do seu ídolo Paulinho Serra


Cristina Diôgo conversando com Paulinho Serra sobre os projetos e   desafios do Instituto de Ecocidadania Juriti